Uma jornada de cidades inteligentes

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Uma jornada de cidades inteligentes

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“Que cidade nós queremos? Ter uma cidade inteligente, inclusiva e diversa é bom para todo mundo porque a cidade inteligente é aquela onde cabem todos e a primeira coisa a ser feita para que isso aconteça é ouvir as pessoas”. A fala do ativista social Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (Cufa), diz muito sobre a motivação que levou mais de 3 mil pessoas a se reunirem em pleno sábado (5/08) no Blued Med Convention Center, em Santos, durante o segundo dia do 2º Simpósio Nacional de Cidades Inteligentes. A iniciativa do Crea-SP procurava responder justamente essa dúvida, apoiando-se no conhecimento de quem mais pode contribuir para transformar a realidade dos municípios: os profissionais da área tecnológica.

“A proposta era discutir os problemas e como propor soluções para os mesmos. O conceito de cidades inteligentes é bastante amplo e todas as etapas que percorremos antes, com os Colégios Regionais de Inspetores – que passaram por Sorocaba, Atibaia, São José do Rio Preto e Jaguariúna – resultaram em uma conexão de projetos e melhorias para as pessoas”, disse o presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese.

Em uma arena de experiências, o Conselho promoveu uma viagem entre os eixos temáticos selecionados para os participantes. Eram 10 salas simultâneas discutindo estratégias de acessibilidade, saneamento básico e gestão de resíduos sólidos, desenvolvimento urbano e habitação, capacitação profissional, agricultura e políticas públicas, participação das mulheres nas profissões da área tecnológica, além de espaços para o Crea-SP Jovem e Crea-SP Capacita, bem como dois ambientes do CreaLab que simulavam o novo coworking e que foram palco para as finalizações do desafio hackathon.

“Que cidade nós queremos? Ter uma cidade inteligente, inclusiva e diversa é bom para todo mundo porque a cidade inteligente é aquela onde cabem todos e a primeira coisa a ser feita para que isso aconteça é ouvir as pessoas”. A fala do ativista social Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (Cufa), diz muito sobre a motivação que levou mais de 3 mil pessoas a se reunirem em pleno sábado (5/08) no Blued Med Convention Center, em Santos, durante o segundo dia do 2º Simpósio Nacional de Cidades Inteligentes. A iniciativa do Crea-SP procurava responder justamente essa dúvida, apoiando-se no conhecimento de quem mais pode contribuir para transformar a realidade dos municípios: os profissionais da área tecnológica.

“A proposta era discutir os problemas e como propor soluções para os mesmos. O conceito de cidades inteligentes é bastante amplo e todas as etapas que percorremos antes, com os Colégios Regionais de Inspetores – que passaram por Sorocaba, Atibaia, São José do Rio Preto e Jaguariúna – resultaram em uma conexão de projetos e melhorias para as pessoas”, disse o presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese.

Em uma arena de experiências, o Conselho promoveu uma viagem entre os eixos temáticos selecionados para os participantes. Eram 10 salas simultâneas discutindo estratégias de acessibilidade, saneamento básico e gestão de resíduos sólidos, desenvolvimento urbano e habitação, capacitação profissional, agricultura e políticas públicas, participação das mulheres nas profissões da área tecnológica, além de espaços para o Crea-SP Jovem e Crea-SP Capacita, bem como dois ambientes do CreaLab que simulavam o novo coworking e que foram palco para as finalizações do desafio hackathon.

Luana Higobassi Nagata é aluna do 8º semestre de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ela participou da primeira edição do estágio visita do programa Por dentro do Crea-SP, em março, e foi até a Baixada Santista no fim de semana para mais uma experiência enquanto ainda está na graduação. “Temos muito o que falar de cidades inteligentes. Gostei da divisão de temas, achei que não teria um para mulheres na área tecnológica e isso é muito bom de ver dentro de um Conselho que tem mais homens”, contou.

“Precisamos de muito mais mulheres na área, em todas, na verdade, e estamos aqui com toda força para isso”, completou a Eng. Nielle Agostini Bertan, inspetora do Crea-SP em Penápolis.

Já o Geol. Alcídio Pinheiro, inspetor em Itapeva, destacou a necessidade da Geologia como parte do planejamento dos municípios. “Grande parte da população vive hoje nos centros urbanos e a cidade inteligente também precisa de Geologia. As cidades precisam ter mapa geológico, mostrando o que tem em seus solos e tornando-se, assim, mais atraente para quem quer investir”, afirmou Pinheiro.

A integração dos profissionais com a sociedade, a intensificação da fiscalização e a presença mais ativa do Conselho junto ao poder público foram os principais pontos comentados pelos participantes como geradores de valorização. “De três anos para cá, muita coisa mudou. Os novos profissionais vinham sendo muito mal remunerados e a fiscalização do salário-mínimo profissional, que é o que eu acho mais importante, tem corrigido isso. Mas ainda acho que, durante o último semestre da faculdade, deveríamos receber uma formação sobre a legislação do Sistema Confea/Crea”, defendeu o Eng. Rodrigo Gelanzaukas, inspetor em Taboão da Serra. Para ele, dessa forma, o graduado sairia mais preparado, além da técnica, para atuar no mercado e em conformidade com a ética.

Ampliando referências e em contato com a gestão pública

O eixo temático de saneamento básico e gestão de resíduos sólidos recebeu, de sala cheia, o único membro brasileiro do Conselho Consultivo de Gestão de Resíduos da Organização das Nações Unidas (ONU). O advogado Carlos Silva Filho é presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da International Solid Waste Association (ISWA) e trouxe números que alertam: segundo a ONU, a geração de resíduos global está prevista para crescer cerca de 70% até 2050 – dos atuais 2 bilhões de toneladas para 3,5 bi. “A curva é de uma geração crescente de resíduos sólidos no Brasil também. No ano passado, foram 82 milhões de toneladas. Nesse ritmo, chegaremos a 100 milhões de toneladas em 2033”, detalhou Silva Filho.

O especialista explicou que o tema é prioridade para a sobrevivência humana e que cada um tem um papel para reverter o que está acontecendo, que são as consequências da ação antrópica na saúde do planeta. “As atividades do homem causam impactos na estrutura geológica da Terra. Nossa ação tem deixado uma pegada que afeta a estrutura do planeta”, alarmou.

O segundo e último dia do Simpósio contou ainda com presença de outras autoridades, marcando mais um passo no diálogo do Conselho com o poder público para a promoção de projetos transformadores dos municípios paulistas. “Esse relatório produzido e entregue pelo Crea-SP é a soma de uma série de outras iniciativas que contribuem para a melhoria da qualidade da Engenharia do estado de São Paulo. São parcerias importantes e relevantes que nos dão a oportunidade de fazer o melhor para a nossa infraestrutura e para o País”, pontuou o secretário de Governo do Estado, Eng. Gilberto Kassab.

Além do ex-ministro, estiveram no evento: o deputado estadual, jornalista e advogado Paulo Correa Jr.; o coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), Eng. Agr. José Luiz Fontes; e os presidentes do Crea-GO, Eng. Lamartine Moreira, e do Crea-SC, Eng. Kita Xavier.